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CICLO AVANÇADO do CURSO MAPA da ALMA III
ONLINE directo ou diferido!!!
Portugal e Brasil 2021-2022

(com módulos soltos de 2 aulas passíveis de inscrição
a alunos externos ao curso)

INSCRIÇÕES ABERTAS!!!!!
nos MÓDULOS SOLTOS

MÓDULO: A CONTRIBUIÇÃO DA MITOLOGIA AMERÍNDIA PARA A COMPREENSÃO DA PSIQUE BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA OUT 2021

MÓDULO #2    6 e 13 OUTUBRO 4ª FEIRA

20h30-22h00 (PT)  16h30-18h00 (BR)

(dado em directo, não será gravado)

Aula #1:  O Jaguar, o Fogo e o Homem: Um Mito do Roubo do Fogo no Brasil Ameríndio à luz da Psicologia Analítica Junguiana
Aula #2:  Estudo de Caso:  A manifestação de material Mitológico Ameríndio na psicologia de uma mulher contemporânea brasileira

Com o professor convidado: Inácio Cunha, analista junguiano senior pelo Instituto Marie Louise Von Franz - Suiça, e autor dos livros "O Feminino Aprisionado nas Frutas" e "Os Custos da Consciência" e "The Lower Limbs in Jungian Psychology: The Girl with Her Big Toe in Her Mouth"

Na 1ª aula trata-se de uma interpretação, à luz da psicologia analítica junguiana, de conto pertencente ao grupo indígena brasileiro denominado Kayapó-Gorotire. O conto apresenta o Jaguar como sendo o dono do fogo, elemento até então desconhecido dos humanos. Após o encontro do Homem com o Jaguar, aquele rouba o fogo deste último e se inicia uma nova etapa cultural na sociedade humana. O trabalho aqui proposto faz uma análise das estruturas que são apresentados na narrativa, buscando uma compreensão psicológica dos motivos que vão sendo utilizados na construção do discurso fantástico. Através da amplificação e da comparação, são propostas algumas possibilidades de se extrair sentido deste tema que é tão pervasivo no Brasil, tendo inclusive diversas variações do mesmo drama. O que se verá é que este conto também lida com a jornada heroica, com a confrontação dos deuses e, por fim, também se coloca para uma representação simbólica da conquista da consciência. A 2ª aula consiste num estudo de caso. 

HORÁRIO CICLO AVANÇADO ED III:
4ªs feiras* 20:30 às 22:00 (PORTUGAL) | 17:30 às 19:00 (BRASIL)
*excepto onde mencionado


DURAÇÃO: em plataforma online
(directo ou diferido)


PRÓXIMAS DATAS: 2021 6 e 13 OUT (Inácio Cunha no Brasil será às 16:30),
9 e 16 DEZ 5ª feira (Géraldine Correia)  
2022 - 12 e 26 JAN (Punita Miranda),
9 e 23 FEV (Rita Catania)


MATERIAL de APOIO:
será enviado por mail

CARGA HORÁRIA:

Cada módulo tem 2 aulas (as aulas estão apontadas para serem de 1hr e meia, mas podem-se estender até 2hrs) 

DESTINATÁRIOS: Psicólogos, Psicoterapeutas e Cuidadores que trabalhem com fins Terapêuticos, Humanistas e Pedagógicos; Pessoas de áreas diferentes apaixonadas por psicologia e em busca de si mesmo; Estudantes das Humanidades e Literatura, Cinema e Teatro, e todos os viajantes na senda do desenvolvimento transpessoal que pretendem conhecer as propostas de uma psicologia moderna e simultaneamente holística.

MENSALIDADE   
60 Euros / 370 Reais

PLATAFORMA ZOOM

DIRECTO ou DIFERIDO


GRAVAÇÕES: visualizadas mediante link exclusivo se o aluno não poder estar no directo

Inscrições

poderá fazer o módulo em diferido

MÓDULO: A medicina indígena num encontro como olhar junguiano  dez 2021

MÓDULO #3    9 e 16 DEZEMBRO  5ª FEIRA

20h30-22h00 (PT)  17h30-19h00 (BR)

Aula #1:  A Matriz Terapêutica do Mundo Ancestral: Ayahuasca e Plantas Psicotrópicas na Cartografia da Alma        
Aula #2:  A Voz das Plantas sobre as Diferentes Problemáticas: O Diagnóstico da Ayahuasca e os Tratamentos com Plantas ditas Maestras  


Com a professora convidada: Géraldine Correia, jornalista e medicine woman, autora de 3 livros: O Caminho da Alma (2008), Aprendizes de Xamã (2012),
e Xamã (2016)

 

Na 1ª aula será apresentado o meu percurso no trabalho com a planta psicotrópica Ayahuasca, desde 2006, através dum percurso de aprendizagem no Alto Amazonas, em períodos de isolamento e jejum na floresta, com enfoque terapêutico em cerimónias ritualizadas segundo os rituais tradicionais indígenas dos Shipibo e Quechua-Lamista. Trata-se de uma proposta de cartografia da alma segundo a perspectiva da medicina indígena num encontro com o olhar junguiano, em caminhos que se cruzam na abertura de portas para um mundo interior.  Através da minha experiência com centenas de pacientes, mostrarei a contribuição da Ayahuasca para uma terapia pessoal baseada na alteração de consciência com um regresso temporário a um estado indiferenciado, uma matriz, para depois reorganizar a estrutura interna do paciente no acesso ao inconsciente e mundos alternativos.

 

Que necessidade temos de nos situarmos num mapa ancestral, familiar, da humanidade, da natureza e do mundo dos espíritos, e de regressar ao corpo físico e à purificação, pela purga e jejuns? Falarei da noção de corpo na medicina indígena - nos seus três níveis: físico, psico-emocional e espiritual - do inconsciente, dos sonhos e da necessidade de integração dos conteúdos revelados pela planta. Neste contexto, o papel do Xamã na viagem entre diferentes dimensões deve ser observado, pelas regras do mundo espiritual e pelo ritual. Também será abordado o papel dos ícaros - cujos cantos activam a Ayahuasca no corpo do paciente.

Na 2ª aula será abordado o diagnóstico da Ayahuasca e os tratamentos com plantas ditas maestras, que se definem como psicotrópicas e que são específicas para diferentes problemáticas, sendo encontradas na sua maioria (cerca de 80%) na Amazónia. A sua terapia realiza-se através do método das Dietas Xamânicas, em que se ingerem plantas complementares para trabalhar temas profundos, com resultados mais duradouros. Com uma integração que passa pelo trabalho simbólico com sonhos durante as Dietas, os pacientes acedem à resolução de problemas com o auxílio de plantas dotadas de consciência. O Xamã introduz o espírito da planta no paciente e cria o contexto ideal para um contacto pessoal com as Maestras, ou plantas de aprendizagem, num retiro com restrições específicas de isolamento e privação sensorial.

O Chiricsanango trabalha nos medos, extrai o frio do corpo, das emoções e da alma. A Ajo Sacha aumenta a capacidade de decisão por trazer discernimento sobre o que é favorável ou não para a vida do paciente. A Bobinsana, por ter raízes fortes, duras mas flexíveis ao mesmo tempo, enraíza a pessoa e permite-lhe resistir ao excesso de emoções. A Ushpawasha Sanango trabalha na memória do coração, metaboliza traumas emocionais e facilita processos de luto. Através de exemplos, mostra-se o efeito das Dietas na saúde física, psicológica e espiritual em alguns casos observados.

MÓDULO:  IMAGINAÇÃO ACTIVA de JUNG no LIVRO VERMELHO e a REALIDADE da FANTASIA   JAN 2022

MÓDULO #4    20 e 27 JANEIRO 2022 5ª FEIRA

20h30-22h00 (PT)  17h30-19h00 (BR)

Aula #1 e Aula #2: A IMAGINAÇÃO ACTIVA de Jung no contexto do LIVRO VERMELHO e a REALIDADE da FANTASIA


Com a professora convidada: Punita Miranda, psicóloga clínica, analista didacta (UK) e autora da dissertação de mestrado sobre: ‘O Livro Vermelho de Jung no contexto da Psiquiatria no século XIX’ (Centro de História da Filosofia Hermética da Universidade de Amsterdão)

Neste módulo exploraremos o Livro Vermelho (2009) através da contínua pesquisa de Punita Miranda com os estudiosos de ponta que lideram o aprofundamento dos Livros Vermelho e Negros em Londres, sendo igualmente duas aulas que se abrem a uma discussão sobre o que é Imaginação Activa.

Apesar de ainda pouco conhecido, o Livro Vermelho é o trabalho mais influente na história da psiquiatria. É o documento literário da trajectória interna do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961). A ‘viagem ao inconsciente’ de Jung tornou-se a mola mestra a partir da qual seu sistema psicológico originou. Com sua linguagem poética e pinturas, o Livro Vermelho representa a tentativa mais pessoal de Jung para reunir expressões verbais e não-verbais do que ele chamou de ‘imaginação activa’ - um tipo de discurso dramatizado, onde ele se tornou o sujeito e o objeto de suas experiências. Ao tornar-se o protagonista activo de um drama interno, Jung tentou por um lado liberar a pressão do material inconsciente numa dimensão visionária; mas por outro, também estava a descobrir como pioneiro, o que viria a tornar-se uma das mais importantes ferramentas empíricas da psicologia para a investigação de processos psíquicos inconscientes.
 
Vamos explorar de forma cronológica tanto o contexto histórico e cultural da criação do
Livro Vermelho, como sua estrutura e conteúdo; acompanhando passo a passo o processo de elaboração inicial desse experimento. Depois veremos como a técnica de Jung para induzir fantasias espontâneas se tornou uma ferramenta de crescimento pessoal na terapia junguiana. Para isso descreveremos a metodologia criada pela Dra. Marie-Louise von Franz que dividiu didacticamente a ‘imaginação activa’ em 4 estágios facilitando assim, para todos os interessados, o diálogo com as figuras subliminares do inconsciente.

Inscrições Abertas

Inscrições Abertas

MÓDULO:  Uma COSMOVISÃO MÁGICA, CIENTÍFICA e POÉTICAde GIORDANO BRUNO a FERNANDO PESSOA FEV 2022

MÓDULO #5    9 e 23 FEVEREIRO 2022 4ª FEIRA

20h30-22h00 (PT)  17h30-19h00 (BR)

Aula #1:  Da Cosmovisão Mágica à Cosmovisão Científica: Giordano Bruno no Limiar entre Ciência e Magia

Aula #2:  Fernando Pessoa e a Transmutação Alquímica da Alma Poética:
A Heteronímia e a Poética Pessoana como Práticas Esotéricas


 Com a professora convidada: Rita Catania, Doutoranda do programa de doutoramento em Materialidades da Literatura, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com um projecto sobre a biblioteca esotérica de Fernando Pessoa.

Através da pesquisa que a investigadora italiana Rita Catania tem vindo a desenvolver sobre a biblioteca esotérica de Fernando Pessoa, levanta-se um programa com duas aulas interligadas, que nos ajudam a situar a obra e motivos profundos deste poeta, em função de uma época específica que não a sua, transparecendo o intuito que Pessoa teve de se acercar à meta de um laborioso trabalho de desenvolvimento da personalidade, pautado por características espirituais, através do seu encontro com a Alquimia. 

 
Na 1ª aula: Nicolau Copérnico e Isaac Newton abrem e fecham simbolicamente um período da história que nos manuais escolares é denominado Revolução Científica: dos meados do século XVI até os meados do século XVII, o mundo foi ao encontro dum grandioso desenvolvimento científico que abriu as portas à Modernidade. Todavia, esse mesmo período foi também chamado (por interpretes que não tiveram a sorte de escrever manuais escolares) o tempo dos magos: foram os anos da publicação e difusão das obras mágicas, herméticas e alquímicas de Tommaso Campanella, Giordano Bruno, Paracelso, Cornelius Agrippa, Robert Fludd, entre muitos. Como pode o tempo dos magos coincidir com o tempo dos novos cientistas? Apesar de pensarmos que uma revolução filosófica implique sempre uma ruptura drástica com a cosmovisão que a precede, a linha de demarcação entre as duas nunca chega a ser tão clara e definida. Exploraremos as raízes da nossa época dum ponto de vista alternativo, acompanhando a história da magia em vez da ciência, e os seus rastos na Modernidade.

Na 1ª aula: “Grande mago seria o que conseguisse passar da unidade para a multiplicidade e da multiplicidade para a unidade”, escrevia Giordano Bruno no século XVI. A operação mágica máxima, em suma, seria a que conseguisse reproduzir o mistério do processo cosmogónico, em que um Ser se desdobra em vários seres sem por isso perder a sua unidade originária. Trezentos anos depois, Fernando Pessoa, falando da criação dos heterónimos, escreverá: "A criação de Caeiro e dos discípulos Reis e Campos parece, à primeira vista, uma elaborada partida da imaginação. Mas não é. É um grande acto de magia intelectual, a magnum opus do poder criador impessoal". Utilizando o termo magnum opus, o poeta faz conscientemente referência ao processo de criação da Grande Obra dos alquimistas, que em outro texto descreve como o caminho “mais difícil e o mais perfeito de todos, porque envolve uma transmutação da própria personalidade que a prepara”.

 

À luz das palavras do próprio Pessoa, pode-se ler o processo de despersonalização heteronímica como uma transmutação mágica da alma poética. Neste sentido, o artista libertar-se-ia da sua multiplicidade interior através dum procedimento alquímico, cujo objectivo é o alcançar de uma unidade superior. A heteronímia pessoana, neste aspecto, mostra uma semelhança com o processo de individuação junguiano, que o psicanalista suíço descreveu justamente em termos alquímicos, na obra Psicologia e Alquimia. Reflectiremos sobre a possibilidade da poética pessoana ser lida como um caminho de alquimia espiritual e como um processo de individuação junguiano ante-litteram. 
 

MÓDULOS 2021-2022

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